Gestão de Gente

Pesquisa mostra que empregadores querem mais funcionários full time e colaboradores consideram pedir demissão

47% dos chefes planejam mudar o esquema de trabalho remoto para 2023, já 42% dos colaboradores consideram pedir demissão se tiverem que retornar ao trabalho em tempo integral

O impasse ainda é gigante sobre as novas possibilidades de jornadas de trabalho. Desde que as empresas retornaram da pandemia do Covid-19, muitos empregadores ainda não conseguiram formular, o que seria “ideal” para ambos. Segundo pesquisa realizada pela plataforma de contratação Fiverr (nos EUA), 47% dos chefes planejam mudar o esquema de trabalho remoto para 2023. A pesquisa ouviu um total de 2000 profissionais, sendo metade empresários e a outra parte profissionais em cargo de gerência e executivos. 

Nos empregadores com mais de 500 empregados, 67% dos chefes querem o pessoal de volta full time, contra 45% daqueles em companhias com menos de 100 colaboradores. Um em cada quatro disse que é para que os empregados reduzam o tempo de intervalos. 

Os trabalhadores, no entanto, não estão muito dispostos a retornar ao modelo presencial. 42% disseram que considerariam pedir demissão se tivessem que voltar a trabalhar na empresa em período integral, 61% admitiram que voltariam se ganhassem aumento de salário e um em cada cinco disse que nenhum incentivo o faria retornar ao escritório.

No Brasil, o portal de vagas Empregos.com.br apurou em pesquisa realizada com 2552 profissionais, que 81% deles são a favor da jornada reduzida de trabalho, a chamada 4 x 3, enquanto 13% ainda têm dúvidas sobre o sistema e 6% acham que o método não funciona no país. Já as empresas parecem resistir à nova tendência.

Apenas 4,9% das empresas são a favor da jornada reduzida, enquanto 25% se posicionam contra e 71,1% não têm um posicionamento definido sobre o tema. Foram ouvidas 251 empresas cadastradas na base do portal Empregos.com.br. 

Ainda sobre a forma de trabalho no Brasil, 76% dos colaboradores trabalham no presencial, 5,3% no formato híbrido e 4,6% em home office. 82,5% exercem a jornada de trabalho de 40 horas semanais previstas na CLT, 15,6% possuem políticas de horários flexíveis e 1,9% realizam o short-friday, benefício que consiste em oferecer aos funcionários a possibilidade de sair mais cedo às sextas-feiras. 

O isolamento social estimulou a criação de diferentes formatos de trabalho. Todos podem ser bastante eficientes, a depender da cultura da empresa, do histórico da equipe e do tipo de trabalho a ser executado. São muitas as variáveis que influenciam no resultado final. O importante é encontrar o formato que melhor se adapta tanto para a empresa quanto para o colaborador”, afirma Tabata Silva, da Empregos.com.br.

Hoje, podemos ver que alguns deram mais certo do que outros. E são muitos os fatores que impactam nesse resultado, como a política da empresa, o histórico da equipe, a natureza do trabalho executado. 

Dos 251 empregadores pesquisados, 34,3% realizam iniciativas para informar e prevenir transtornos mentais no ambiente de trabalho e metade das companhias consultadas possui canais de feedback para ouvir os colaboradores. Ainda segundo a plataforma, um quarto das empresas afastaram de 1 a 5 funcionários por adoecimento mental nos últimos 12 meses. A ansiedade é apontada como o fator que mais impacta a força de trabalho (41%), seguida pelo estresse (31,9%), depressão ou síndrome do pânico (26,7%) e burnout (9,2%).

É fundamental que as empresas comecem a olhar e escutar quais são as dificuldades dos funcionários, pois a comunicação é a melhor ferramenta para auxiliar os colaboradores, só assim podemos assegurar um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo daqui para frente.” finaliza a especialista. 

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