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A relação do Pacto Global da ONU e a sua empresa

Empresas alinhadas com os ODS e ESG precisam de parceiros e fornecedores que estejam na mesma trilha de comprometimento e engajamento

Você já pensou a fundo sobre a importância de as empresas aderirem ao Pacto Global da ONU, que estimula as corporações a adotarem práticas de governança e sustentabilidade alinhadas com o momento atual? Se olhar para 30 anos atrás, quando o Brasil sediou a ECO-92, quem participou da conferência saiu de lá comprometido a mudar seus parâmetros de produção e de relação com o consumidor em benefício do meio ambiente e da preservação dos recursos naturais, mas temos que ser honestos e admitir que pouca coisa realmente eficaz foi feita. Tanto que hoje o planeta está sofrendo as consequências dos impactos da atividade industrial em diversas esferas. Foi por isso que em 2015 a ONU criou o Pacto Global e desenhou os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e as 169 metas a serem atingidas até 2030.

Minha empresa de call center aderiu a essa agenda e, se a sua empresa ainda não o faz, eu te convido a participar disso. Porquê? Porque esse é um caminho sem volta e quem não estiver trilhando essa rota vai se perder no acostamento. Eu entendo a agenda ESG como uma tendência mundial ampla e importante que vem atraindo o olhar de CEOs em todo o mundo, especialmente quando se pensa que a referência de todas as ações deve ser a promoção das pessoas para melhores escolhas em suas vidas, no trabalho, na sociedade e planeta.

De modo geral, as pessoas estão mais conscientes de suas decisões e aquisições, mas há uma parcela que ainda está neutra e de algum modo as corporações podem influenciá-las, ajudando-as a perceberem a importância de optar por serviços e produtos alinhados com os ODS e as melhores práticas. Cabe a nós, empresários, cumprir as metas e ajudar a criar uma cultura mundial.

Recentemente, a consultoria Kantar divulgou o estudo Who Cares, Who Does?, no qual explica que as empresas mais comprometidas em reduzir seu impacto ambiental, chamadas de Eco Actives pela entidade, vêm aumentando em número nos últimos anos e representam um grupo mais potente em termos financeiros, quando comparado com as corporações que estão em processo de adesão às boas práticas. Em contrapartida, as Eco Dismissers, ou seja, as que não têm interesse no tema, vêm enfraquecendo, seguindo uma tendência mundial.

No meio dessas duas fatias, há um grupo que merece atenção e que representa 38% da população da América Latina, composto por shoppers que gostariam de optar por produtos conscientes, mas que não têm condições. Esse grupo merece atenção e as corporações precisam pensar em ações para oferecer alternativas acessíveis para eles, a fim de permitir que venham a se tornar Eco Actives e se sintam, portanto, contemplados.

Ao olharmos esse cenário com atenção, percebe-se que cada ponto que estou levantando aqui são elos de uma cadeia que leva em conta outro aspecto. As empresas alinhadas com os ODS e ESG precisam atuar organicamente e contratar parceiros e fornecedores que estejam na mesma trilha de comprometimento e engajamento. No mundo de hoje, isso é fundamental. Afinal, ninguém quer ter prejuízo e ser mal visto pela sociedade, como aconteceu com confecções de roupas que se envolveram em escândalos que denunciavam que seus produtos eram feitos por trabalhadores que viviam em condições análogas à escravidão, e ver sua reputação global ser fortemente abalada.

Quando uma empresa oferece um serviço de impacto social positivo e atua com baixo impacto ambiental, e de algum modo trabalha junto com a sua comunidade e tem um olhar para a sua cadeira de valor, obviamente ela acaba tendo pontuações muito melhores. Isso atrai o olhar de investidores que hoje não se baseiam apenas na performance econômica de uma organização. Há uma tendência que se fortalece cada vez mais, de os investidores usarem o ESG como critério para escolher quem vai receber sua injeção financeira. Eis mais um motivo para os empresários se comprometerem com o Pacto Global da ONU.

Direcionando esse pensamento para a área de atuação da minha empresa, percebo que com o desenvolvimento e o aperfeiçoamento constante da tecnologia e das mídias digitais, os serviços e produtos oferecidos via internet alcançam uma enorme quantidade de pessoas em questão de segundos. São tantas opções de compra, que muitos consumidores ficam cada vez mais seletivos e passam a buscar marcas nas quais enxerguem a si mesmos e seus valores.

Para uma empresa se conectar com o público, é necessário representá-lo com os princípios que ele valoriza. Mas é importante frisar que devem ser princípios genuínos ou que proporcionem uma visão aspiracional, na qual o cliente se conecta com o desejo de conquistar aquilo para ele.

Existem várias formas de contribuir socialmente para a construção de uma marca comprometida com a diversidade, a equidade e a inclusão. Se você ainda não está de olho nisso, deveria, pois essa é a fatia que mais cresce no mercado. E, para concluir, faço uma provocação: e aí, sua empresa tem representatividade?


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Natalia Castan

Natalia graduou-se em Direito, cursou inovação pelo MIT e participou de vivências na Escola da Ponte (Portugal), Projeto Âncora (São Paulo) e no Sustainability Institute (África do Sul). Seu primeiro empreendimento e que se mantém até hoje, 22 anos depois, é o Grupo Unite, um call center humanizado, em todas as suas frentes, fazendo com que a experiência do cliente com a marca parceira seja a melhor possível.

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